‘Defendemos o crédito suplementar, mas não nesses valores’, diz deputado federal do PL

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2019 09h53 - Atualizado em 06/06/2019 10h24
Michel Jesus/Câmara dos Deputados Votação de crédito suplementar foi adiada pra semana que vem

O governo de Jair Bolsonaro solicitou ao Congresso a abertura de um crédito extra no valor de R$ 248,9 bilhões para garantir o pagamento de programas como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Plano Safra sem descumprir a chamada regra de ouro – que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes, como salários.

Mas ainda enfrenta dificuldades para aprovar a proposta no Congresso, adiada nesta quarta-feira (6), e, para o deputado federal Wellington Roberto (PL/PB), o principal entrave é o montante solicitado.

“Também defendemos [o crédito suplementar], mas não nesses valores. O governo se contradiz através do PLN mandado para a comissão de Orçamento, que totaliza R$ 248 bilhões, quando o próprio diz que na verdade só precisa de R$ 148 bilhões. Então tem uns cento e pouco bilhões que sobram. O que o PL quis fazer é pedir mais transparência do governo neste número”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quinta-feira (6).

“Pedimos um esclarecimento para que esse dinheiro que estiver realmente sobrando possa ser usado na saúde e educação. Até porque o PL apresentou na Previdência uma emenda global que defende os professores, então não teria como fazermos diferente”, esclareceu.

“O parlamento não pode ensinar o governo a administrar. Acho que as conversas têm que existir, o diálogo é sempre muito importante em qualquer situação e estamos prontos pra conversar. (…) O PL vai votar o que a equipe econômica do governo diz que necessitava para cumprir esses gastos. Nós não podemos ser sacrificados até  porque na questão da Previdência apresentamos emendas que defendem a área social. O que queremos é que a diferença seja destinado para uma boa causa.”

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