Defesa de Cesare Battisti entra com pedido no STF para impedir extradição
Acusado de terrorismo e condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 70, Cesare Battisti está no Brasil desde 2004. Ele integrava o partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo de extrema esquerda.
Os advogados do italiano pediram ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para impedir sua eventual extradição do Brasil.
Eles afirmam que desde a chegada de Temer a presidência, o governo italiano intensificou as pressões para obter a extradição.
O relator do caso no Supremo é o ministro Luiz Fux, que já negou um pedido anterior dos advogados. Battisti foi preso em 2007 e, em 2009, o STF autorizou a sua saída, que acabou sendo negada pelo ex-presidente Lula em 2010, no último dia de seu Governo.
No novo habeas corpus, a defesa argumenta que, de acordo com notícias veiculadas recentemente, há um procedimento sigiloso em curso no Governo visando a revisão do ato presidencial que negou a extradição em 2010.
Em 2015, Battisti casou-se com uma brasileira e tiveram um filho e usa a relação familiar como mais um motivo para não ser extraditado.
*Informações do repórter Victor Moraes
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