Defesa de Joesley dispensa depoimento de Janot, que reage: ‘Interesse de constranger’
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se irritou nesta segunda-feira (12) com a desistência da defesa do empresário Joesley Batista de ouvi-lo como testemunha no processo que avalia se os acordos de delação premiada dos executivos do grupo J&F devem ou não ser anulados.
Rodrigo Janot foi ao Supremo Tribunal Federal, onde seria ouvido por um juiz auxiliar do ministro Edson Fachin. Na saída, Janot reclamou da atitude dos advogados. “Pode ser que, e não afirmo que isso aconteceu, era interesse de constranger o então procurador-geral da República que subscreveu a peça em que se postula a rescisão desse acordo”, disse.
Janot disse que não houve justificativa para a desistência e afirmou que o pedido de ouvi-lo como testemunha, que foi feito quando ele ainda era o chefe da Procuradoria-Geral da Tepública, tinha como único objetivo, causar constrangimentos.
A defesa de Joesley Batista negou que o objetivo tenha sido constranger Rodrigo Janot, e apenas afirmou que nesse momento o depoimento não se faz mais necessário.
Vale lembrar que foi Janot quem pediu a rescisão do acordo de delação premiada alegando omissão de informações nos depoimentos dos executivos.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.