Déficit de moradia ainda pesa na cidade de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2018 06h14 - Atualizado em 09/07/2018 08h22
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Rovena Rosa/Agência Brasil Barracas e habitações improvisadas estão espalhadas pela capital onde famílias inteiras vivem de maneira precária

Basta andar pela cidade de São Paulo para percebermos um problema crescente: a falta de moradia para todos. Barracas e habitações improvisadas estão espalhadas pela capital onde famílias inteiras vivem de maneira precária.

Segundo a Prefeitura, 1,2 milhão de famílias precisam de adequação de moradia, enquanto para zerar o déficit habitacional é necessário construir 474 mil unidades.

Há pouco mais de dois meses, o incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandú, escancarou a situação demonstrada pelos números. Naquela ocasião, 435 famílias se apresentaram como moradoras do local, mas a Prefeitura aponta que apenas 291 comprovaram de fato viver no prédio e, delas, 260 receberam o benefício de R$ 400 como um auxílio-moradia emergencial.

Dito Barbosa, um dos fundadores da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, disse que falta velocidade para a solução dos problemas: “o que a gente deseja é que se tenha por parte dos governos uma articulação para que as famílias tenham uma solução rápida dos seus problemas”.

A defensora pública do Estado, Luiza Lins Veloso acrescenta que há burocracia para o acesso das famílias, além da falta de aplicação da função social da propriedade, de responsabilidade do município: “a gente entende que a Prefeitura deve aplicar a legislação e instrumentos da função social da propriedade em todos os imóveis da cidade”.

Mas a questão social não se limita a moradia. As pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo precisam de outros aparelhos para assegurar sua dignidade. Isso passa, inclusive, por saúde, educação e trabalho.

*Informações do repórter Fernando Martins

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