Deic desmancha quadrilha que roubava carros e revendia pela internet

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2018 08h17 - Atualizado em 18/07/2018 09h13
Reprodução/Google Maps Reprodução/Google Maps Organização movimentou cerca de R$ 38 milhões de reais em uma estrutura que ia desde as pessoas que roubavam ou furtavam os veículos, passando por quem confeccionava os documentos falsos até os entregadores

Operação Miragem, encabeçada pelo Deic, o Departamento Estadual de Investigações Criminais, prendeu, nesta terça-feira (17), sete pessoas e desmantelou uma grande organização criminosa especializada em roubar, receptar, adulterar e vender carros pela internet. Em torno de 60 policiais foram usados para cumprir 12 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em diversos locais nas regiões Norte, Leste e Oeste da capital paulista.

Segundo o delegado Valter Sérgio de Abreu, titular da Divecar, delegacia especializada em investigações sobre roubos e furtos de veículos, essa era uma das quadrilhas mais atuantes nesse ramo. “Muito provavelmente é a maior quadrilha do país, especializada na comercialização de veículos roubados pela internet. Tínhamos pessoas que praticavam roubos, que falsificavam documentos e placas, que demonstravam esses veículos à vítimas, anunciantes em sites de vendas na internet. Além de pessoas que cediam as contas correntes para lavagem de dinheiro”, disse de Abreu.

A quadrilha costumava oferecer para negócio, em média, entre dois e três carros semanalmente. No período de atuação, a organização movimentou cerca de R$ 38 milhões de reais em uma estrutura que ia desde as pessoas que roubavam ou furtavam os veículos, passando por quem confeccionava os documentos falsos até os entregadores e as pessoas responsáveis pela lavagem de dinheiro.

O delegado Valter explica como compradores devem agir quando as ofertas que surgirem para compra de veículos parecerem “milagrosas”. “As pessoas não podem acreditar nesses laudos apresentados pelo vendedor. Elas devem levar o veículo a uma empresa de vistoria de sua confiança. A quadrilha pedia para depositar o dinheiro em contas de terceiros sob a alegação de que estavam com dívidas em suas contas. Não confie nisso”, acrescentou.

Dos sete presos, 2 já estão no sistema penitenciário, 4 cumprirão prisão temporária e um foi preso em flagrante falsificando documentos.

A investigação segue pelo Deic e vítimas de roubo ou da fraude na internet devem ser ouvidas para trazer mais elementos ao inquérito policial.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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