Presidente da Rappi: Demanda por serviços em aplicativo de entregas triplica na pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2020 08h29 - Atualizado em 16/04/2020 08h37
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ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Homem andando de bicicleta com uma bag laranja Os entregadores e usuários do aplicativo também recebem instruções por mensagens "push" recomendando manter a distância mínima

A procura por serviços de entrega no Brasil após o início da pandemia do coronavírus aumentou significativamente. A impossibilidade de fazer determinadas compras e as recomendações pelo isolamento social fizeram a demanda da Rappi, aplicativo de entregas, crescer ao menos três vezes.

O presidente da Rappi no Brasil, Sergio Saraiva, explicou ao Jornal da Manhã desta quinta-feira (16) que a startup, que mantém o ritmo de investimento, apresenta volume de crescimento mensal de 15 a 20%. Entretanto, logo nos primeiros dias de casos confirmados do coronavírus no Brasil, a empresa registrou três vezes mais procura.

“No início da pandemia em março houve um aumento na busca e clientes novos entraram. Então nos primeiros dias crescemos três vezes o que costumávamos crescer. Tivemos um crescimento acelerado por um comportamento atípico.”

Embora o crescimento com a pandemia seja significativo, antes mesmo do aumento da demanda a Rappi estava se preparando para ações de segurança que deveriam ser tomadas quando os casos da covid-19 começassem no país, buscando proteger os clientes e os trabalhadores.

“A gente começou a observar em janeiro o que aconteceu com Wuhan e o processo de contágio. Em fevereiro, a gente entendeu que valia a pena ter um entendimento pré e durante a pandemia. Estudamos o países, nos preparamos em fevereiro e em março contratamos uma infectologista que passou mapeando todos os processos e aí a agente colocou o plano em ação.”

Segundo Sérgio, o plano de ação da empresa envolve desde vídeos obrigatórios para os entregadores com instruções sobre formas de evitar o contágio pela covid-19 até a disponibilização de itens de proteção individual e desinfectação das motocicletas e bolsas utilizadas para as entregas.

“Então o processo de ponta a ponta é de fato bem monitorado, entregamos para os entregadores máscaras e álcool gel, isso em março. E, na eventualidade, se estiver com o coronavírus, ele é comunicado de pegar documento de atestado e ele recebe durante 14 dias pela média que recebia antes.”

Ainda de acordo com o presidente da Rappi, os entregadores e usuários do aplicativo também recebem instruções por mensagens “push” recomendando manter a distância mínima durante a entrega ou retirada de pedidos. A instrução é “deixar na porta e dar um passo para trás” para evitar contato direto.

Pós-pandemia

A respeito da possibilidade de uma mudança no comportamento dos consumidores no cenário pós pandemia, Sérgio Saraiva afirmou que acredita que a procura por serviços e experiências já era uma tendência que será ainda mais consolidada.

“Nosso entendimento é uma tendência que já vinha sendo consolida e vai acelerar. Vão ter muitas novas experiências para os clientes que eles ainda nem sabem que querem. Tem muita opção ainda quando você busca garantir que o cliente tenha a melhor experiência.”

Em relação uma liminar da Justiça que busca garantir que os aplicativos de entregam adotem vínculos trabalhistas com os entregadores, o presidente da Rappi explicou que o vínculo não tem sentido para o modelo da empresa que é “mais moderno”, mas garantiu que todos os benefícios já são atendidos.

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