Demora para ser percebido, mas sentimento de segurança vai crescer, garante Jungmann
Com menos de um mês de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, ainda há muito a ser percebido pela população fluminense. Muitos não sentem a diferença na violência no Estado, o que leva a uma desconfiança com os trabalhos a serem feitos.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que há o “fato e a percepção do fato”, e que, no caso do fato, é a violência que fincou raízes. Sobre a percepção do que está sendo feito, Jungmann disse que é por conta das ações que ocorrem em determinados pontos, mas “não se irradiam por toda a comunidade”.
“Temos redução significativa do roubo de cargas, apreensão de fuzis, drogas e armas em fronteiras. Há a presença das Forças Armadas no controle da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro e outras ações acontecendo. Mas isso demora algum tempo para que seja percebido. Sentimento de segurança vai crescer”, assegurou.
Sobre seu entusiasmo no comando do novo Ministério da Segurança Pública, Jungmann comparou a situação da insegurança com a da época da superinflação. “Era um inferno, hoje a sociedade sente o mesmo com a violência. Ficou irrespirável. Então quando a sociedade amadurece, o sentimento de que isso é algo a ser enfrentado, aí começa a surgir as soluções. Meu entusiasmo vem disso, de consolidação de sentimento em todos os segmentos de que não dá mais, de que é preciso enfrentar. Reduzir e trazer a níveis minimamente aceitáveis o fenômeno da violência”, disse.
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