Denúncia contra Temer é “acusação pífia e despautério jurídico”, critica Aloysio Nunes
Adiado para agosto, a leitura do parecer que pede o arquivamento da denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara ainda gera polêmicas entre deputados, senadores e até mesmo a base de ministros do presidente. A denúncia entregue pela Procuradoria-Geral da República causou um estrago que tenta ser controlado pelo Governo e é acompanhado de perto pela oposição.
Mesmo com seu partido dividido na decisão de sair ou não da base de apoio a Temer, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), taxou como “acusação pífia” e “despautério jurídico” a acusação formulada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro lembrou que uma denúncia de corrupção exige duas ações: executar ou receber. “Não há nenhuma prova de que ele [Temer] tenha executado ou recebido. Essa denúncia não se sustenta. Se aparecerem outras, a gente vai rever. A mala de R$ 500 mil foi entregue ao presidente? Era para ele? Não tem nenhuma prova. Não há prova de que esse recurso se dirigia ao presidente”, afirmou.
Segundo Aloysio Nunes, a posição do PSDB é de apoiar o Governo, mas ele admitiu que na Câmara, a bancada está dividida.
Relação com Venezuela
Críticos da diplomacia brasileira vêm dizendo que o País deve ter uma posição mais forte em relação ao que ocorre na Venezuela. Segundo o ministro, a posição do Brasil em relação ao país vizinho “mudou da água para o vinho”.
“Em relação ao Mercosul, já houve iniciativa de suspender a Venezuela de seus direitos de sócia do Mercosul. Naquela época não tinha unanimidade e não foi possível entrar com processo da cláusula democrática, mas foi aplicada sanção que significou os direitos da Venezuela no bloco.
No entanto, o Brasil assume na sexta-feira (21) a presidência do Mercosul e a intenção, segundo o ministro, é dar continuidade ao Protocolo de Ushuaia.
Confira a entrevista completa:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.