Deputado afirma que ‘CPI do radiolão’ deve sair até o fim do ano: ‘Resposta ao povo brasileiro’
Segundo o Capitão Derrite, aliado do presidente Jair Bolsonaro, a maior indignação é referente à forma como a justiça recebeu as denúncias da campanha à reeleição do presidente, não aceitando dar seguimento às investigações
O deputado federal Capitão Derrite (PL-SP) concedeu entrevista para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 28, para falar sobre a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do “Radiolão”, para investigar as acusações do presidente Jair Bolsonaro (PL) de supostas irregularidades em propagandas eleitorais de rádio. Ele defendeu que abrir uma investigação dentro do Congresso deve ocorrer para dar uma resposta à sociedade brasileira sobre as supostas irregularidades existentes, mas foi realista em relação a prazos, reconhecendo que a instauração de tal mecanismo não deve ocorrer até a eleição do próximo domingo, 30. “É claro que isso [a abertura de uma CPI] não vai acontecer antes do domingo, das eleições, mas eu creio muito que, até o final do anos, nós temos o dever de dar essa resposta par ao povo brasileiro”, disse Derrite.
“Uma coisa que a gente tem que fazer é dar resposta para a sociedade. O povo brasileiro está abismado com as notícias e com os indícios e até provas apresentadas pela campanha do presidente Bolsonaro e a maneira como isso foi recepcionado pelo poder judiciário. Isso que nos causa maior espanto, porque inquéritos considerados ilegais por muitos juristas renomados estão ocorrendo sem prazo de término, às vezes sem a participação do Ministério Público; nós vimos empresários tendo suas casas com o cumprimento de mandado de busca por ordem do STF, sendo que eles não têm foro privilegiado; e, agora, durante uma campanha eleitoral decisiva, que têm indícios de mais de 154 mil inserções a menos para um dos candidatos, o que prejudica demais a isonomia de uma disputa eleitoral, o TSE sequer dá prosseguimento numa investigação. E, pelo contrário, o TSE acusa uma das campanhas de estar tumultuando as eleições. Isso nos preocupa demais. Para isso, o Congresso tem que se posicionar”, completou o deputado.
Questionado sobre a possibilidade de ser convidado para assumir a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em um eventual governo de Tarcísio de Freitas, Derrite falou que tem uma missão no Congresso Nacional, mas que é amigo do candidato e que analisaria “com carinho” a proposta. O deputado foi responsável por elaborar o plano de governo de Freitas para a questão da segurança e defende a integração de todas as polícias para garantir mais proteção e segurança para a população do Estado. Segundo o parlamentar, a bandeira da segurança pública é um elemento forte para, inclusive, convencer eleitores indecisos a votar em Tarcísio de Freitas e em Jair Bolsonaro. “De um lado nós temos um ex-condenado em algumas instâncias, um ex-presidiário, e que defende abertamente, está no site do PT isso, desencarceramento em massa, liberação das drogas, trata bandido como coitadinho. E, do outro lado, nós temos um presidente da República que isolou lideranças de facções criminosas em presídios federais, alguém que, em seu governo, bateu recorde de apreensão de drogas no combate ao crime organizado, apoia os policiais, defende a legítima defesa dos policiais, e quer acabar com a impunidade para os criminosos, quer o bandido preso e a população livre nas ruas. Para quem resta alguma dúvida, um defende os criminosos, e o outro defende as vítimas”, opinou.
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