Deputado do Cidadania diz que ‘qualquer candidato’ da 3ª via vence Lula ou Bolsonaro no 2ª turno

Partido se uniu ao PSDB, ao União Brasil e ao MDB em reunião para debater a possibilidade de lançar um único nome à disputa presidencial; segundo Alex Manente, candidato deverá ter baixa rejeição e ser capaz de agregar apoios

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2022 09h32 - Atualizado em 07/04/2022 10h13
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Agência Câmara alex-manente Deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP)

Os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania afirmaram na última quarta-feira, 6, que irão anunciar em 18 de maio o nome que representará uma candidatura única das quatro siglas à Presidência da República neste ano. Para comentar a questão, o deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 7. Segundo o parlamentar é preciso de uma unidade entre grandes partidos para furar a polarização eleitoral existente entre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-mandatário do país Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu não tenho dúvida, chegando ao segundo turno, qualquer candidato da via alternativa ganhará, seja de Lula ou de Bolsonaro, pelo número de rejeição que eles têm”, afirmou.

“Temos que buscar um consenso nessa via alternativa para dar ao Brasil a oportunidade de furar essa polarização já estabelecida entre Lula e Bolsonaro. Acho que é o único caminho viável de nós darmos de fato à sociedade uma alternativa que tenha condições, tenha conteúdo e possa liderar esse projeto alternativo ao Brasil. Nessa polarização, as pessoas não votam porque estão impactadas pelo projeto apresentado pelo candidato, mas votam muito mais para não deixar o outro ganhar. O Brasil não pode ficar restrito a isso. É necessário buscar um projeto alternativo.

Questionado sobre o perfil do candidato que deverá ser o nome dos quatro partidos na concorrência pelo Palácio do Planalto em 2022, Manente afirmou que não deverá ser necessariamente alguém já conhecido nacionalmente, mas que possua conteúdo e capacidade de agregar. “Não se resume apenas ao nível de conhecimento do candidato, mas ao conteúdo e à capacidade de agregar os apoios necessários para poder buscar essa alternativa, não apenas nos partidos políticos, mas na sociedade civil organizada, no empresariado, nas pessoas que querem buscar contribuir para essa alternativa ao nosso país. Óbvio que quanto menor a rejeição desse candidato,  maior possibilidade ele terá [de ser escolhido para representar a coligação]. Nós precisamos apresentar alguém que não tenha a rejeição neste patamar [de Lula e de Bolsonaro] e consiga ser a alternativa ao país”, disse o parlamentar. “Não podemos estar fadados a uma polarização de rejeição. É essa a polarização do Brasil hoje”, completou.

“Uma candidatura progressista, que possa pensar no futuro, que possa dialogar com os mais jovens, que é algo fundamental, nós temos um eleitoral que, pelos próprios dados do TSE, tem aumentado o número de jovens para votação, ou seja, nós precisamos encontrar uma alternativa que possa contemplar esse equilíbrio que o Brasil busca”, descreveu Manente. Para ele, as pesquisas de intenção de voto possuem credibilidade, já que são feitas com diversos critérios sérios, mas devem ser vistas como um retrato do momento da realização da pesquisa e que o cenário sempre pode mudar. “A pesquisa representa a fotografia do momento, não significa que é do próximo momento e não é o resultado das eleições. Nós temos ainda uma avenida para poder crescer com o nosso candidato”, afirmou.

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