Deputado fala sobre greve dos aeronautas: ‘Não tem diálogo e deve se estender’

Jorge Wilson Xerife do Consumidor reafirma a legalidade do movimento dos profissionais, mas ressalta que aéreas deveriam ter negociado previamente para evitar a paralisação no período festivo do fim do ano

  • Por Jovem Pan
  • 25/12/2022 11h38 - Atualizado em 25/12/2022 11h42
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RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO greve aeronautas Greve dos comissários e pilotos no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo (SP)

Quase uma semana após o início da greve dos aeronautas, onde 10% da categoria permanecerão paralisados por vez e com as atividades interrompidas por duas horas – das 6h às 8h -, o deputado estadual Jorge Wilson Xerife do Consumidor (REPUBLICANOS-SP) concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan deste domingo, 25, e informou que a greve, por ocorrer de maneira ordeira e pacífica, está assegurada por lei. “Não podemos responsabilizar os trabalhadores que estão passando uma situação que vem se estendendo a bastante tempo, as empresas são as responsáveis”, disse. O parlamentar ressaltou que os profissionais que se sentirem lesados pela paralisação dos aeronautas podem questionar o prejuízo causado por vias judiciais. “Agora, há de se falar da falta de comprometimento das aéreas. Elas deveriam ter feito algum tipo de negociação para que prorrogasse isso e não gerasse um prejuízo que está sendo gerado para os consumidores, num momento tão especial. Viemos de uma pandemia, agora que as pessoas estão conseguindo visitar familiares ou que estão trabalhando, elas não resolveram no diálogo e deu-se a paralisação. As empresas têm que ter essa preocupação. O passageiro comprou com antecedência. Abra uma mesa de negociação e entenda as reivindicações que são legitimas”, pontuou. Na sequência, Jorge informou que o Procon-SP está fornecendo atendimento aos passageiros nos aeroportos e argumentou que o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor cobra das empresas o cumprimento da oferta comercializada. “O suficiente seria que eles fizessem o atendimento com respeito, que todos os funcionários tivessem preparados. Não é culpa deles porque eles não têm autonomia de resolver o problema. Todos que não conseguiram viajar e que estão com voos marcados, é importante que formalize uma reclamação no Procon. As empresas precisam, no momento da viagem, se não conseguir fazer com que eles embarquem, precisam dar hospedagem e garantir a tranquilidade para esse consumidor”, finalizou após considerar que a situação é “séria” e que, sem diálogo, a greve irá se estender.

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