Deputados do PP e MDB são escolhidos como relatores de projetos sobre corte de gastos
Emedebista Isnaldo Bulhões relatará PL que aborda benefícios sociais, enquanto Átila Lira, do Progressistas, será responsável pelo texto que põe limites ao crescimento de despesas com seguridade social e pessoal
Dois importantes projetos de lei, parte de um pacote de corte de gastos, já têm relatores designados na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira, nomeou deputados do PP e do MDB para relatar os textos. O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, será o relator do projeto que aborda os benefícios sociais. Por sua vez, o deputado Átila Lira ficará responsável pelo texto que estabelece limites ao crescimento de despesas com seguridade social e pessoal. Além disso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que propõe um corte gradual no acesso ao abono salarial, será relatada pelo deputado Moses Rodrigues (União-CE).
O Congresso Nacional enfrenta um cronograma apertado, com apenas oito dias úteis de trabalho antes do início do recesso parlamentar, previsto para 23 de dezembro. A designação dos relatores foi bem recebida pela base governista, pois sugere que os projetos podem avançar ainda em 2024. Na noite anterior à nomeação, os relatores se reuniram com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para discutir estratégias de votação. O governo tem pressa e deseja que a tramitação dos projetos comece já na sexta-feira (13), mas enfrenta resistência de parlamentares que preferem aguardar definições sobre emendas parlamentares.
A escolha dos relatores do PP e do MDB reflete um alinhamento estratégico com Arthur Lira, consolidando seu poder como articulador no Congresso. Essa movimentação visa garantir que aliados ocupem posições-chave, enquanto o Congresso aguarda a liberação de emendas antes de votar o pacote fiscal. A expectativa é que, com a liberação da verba, o pacote possa ser votado. No entanto, a aprovação das propostas ainda depende do Senado Federal, e o tempo disponível para aprovação antes do recesso é limitado, o que pode adiar a decisão para 2025.
*Com informações de Marília Ribeiro
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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