Deputados já articulam queda do “distritão” em troca de modelo misto
É clara a tendência do Congresso de queda do distritão. Os partidos já buscam um acordo para um modelo de eleição mista, com os votos dos partidos também tendo força. É a busca de apoio, no plenário, dos que recebem o chamado voto ideológico.
O PT se antecipou e disse que não interessa este tipo de acordo. As críticas pesadas levaram os líderes a mudar a emenda, que além do distritão, que seria transformado, em 2022, em voto distrital misto, criou o tal “fundão”.
Com relação a este, que receberia R$ 3,6 bilhões, deve ficar o princípio do fundo, mas o Orçamento é que vai definir o valor da transferência em cada eleição.
O projeto chegou a ser colocado em votação, mas o quórum estava baixo para a emenda constitucional, que preciosa de 308 votos favoráveis para a aprovação.
O deputado José Rocha, líder do PR, apostou, mesmo, na semana que vem para a reforma política: “as emoções estarão aí sendo guardadas para a próxima semana”.
O líder do PSDB, deputado Ricardo Trípoli, defendeu o distritão: “é o que a população quer. Você não quer votar em uma pessoa que traga mais três, quatro deputados com ela”.
O ritmo em Brasília é incomum. Além da emenda constitucional, o projeto que define regras das eleições está sendo discutido em comissão e regulamenta teto de gastos de campanha política e acaba com a doação oculta que estava no projeto. E ainda regulamenta a doação de pessoa física com limite de 50% dos rendimentos, mas com identificação.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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