“Desafios da Segurança Pública”: Brasil segue violento e vítimas sentem abandono

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2018 09h40
Reprodução Para quem fica, a sensação é que cada um desses casos desaparece de cena e as vítimas transformam-se apenas em estatísticas que serão esquecidas com o passar do tempo

O Brasil teve sete pessoas assassinadas por hora em 2016, segundo o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São pessoas que iam ou voltavam do trabalho, dos estudos, ou de um momento de lazer. Pessoas que não irão mais estar com suas famílias e amigos, não irão mais produzir e fazer a economia girar.

Para quem fica, a sensação é que cada um desses casos desaparece de cena e as vítimas transformam-se apenas em estatísticas que serão esquecidas com o passar do tempo.

Para Marisa Deppman, mãe de Victor, a violência muda a vida de todos ao redor da vítima. Ela liderou campanhas, movimentos e chegou até a tentar carreira política para mudar a legislação penal.

O tempo passou e nada mudou, segundo ela: sobra descaso e falta punição e recuperação aos criminosos.

Ao mesmo tempo, Marisa critica as entidades de direitos humanos, que nesse tempo todo, jamais ofereceram qualquer ajuda a família.

A Secretaria da Segurança Pública foi consultada sobre os investimentos do Governo do Estado na área.

Em nota, a pasta informou que em 2017 o estado alcançou recorde na redução dos homicídios com 7,54 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto em 1999 este índice era de 35,27.

A Secretaria também disse que desde 2011, foram contratados 32.418 policiais e investidos R$ 874 milhões em mais de 15 mil viaturas, e cerca de R$ 415 milhões para aquisição de armas e equipamentos.

Já para Marisa Deppman, a estatística que vale é que em 9 de abril deste ano, serão 1826 dias vividos sem a companhia de seu filho.

*Informações do repórter Fernando Martins

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