Desautorizado por Bolsonaro, general Mourão recua sobre 13º salário, mas municia adversários
O general Mourão voltou atrás em declaração sobre o 13º salário e esclareceu que a fala foi descontextualizada. Em nota, o vice na chapa de Jair Bolsonaro disse que mais uma vez foi interpretado de forma equivocada por um veículo de comunicação.
Durante uma palestra na última terça-feira (25), Mourão declarou que o 13º salário é uma “jabuticaba”, ou seja, um direito que só ocorre no Brasil. De acordo com Mourão, o contexto foi em torno do planejamento gerencial necessário para que o pagamento seja feito.
Após o vídeo ser amplamente divulgado nesta quinta-feira (27), Jair Bolsonaro foi às redes sociais rebater a declaração do vice. O candidato do PSL à Presidência escreveu que o 13º salário “está previsto no artigo 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas, não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição”.
Sem citar o companheiro de chapa, o presidenciável afirmou que criticar o direito é uma ofensa a quem trabalha.
Outros candidatos também se manifestaram. Geraldo Alckmin, do PSDB, declarou que acabar com direitos trabalhistas é um retrocesso total. O candidato do PT, Fernando Haddad, declarou que Mourão segue o plano de colocar fim aos direitos trabalhistas, iniciado pelo presidente Michel Temer.
Em vídeo nas redes sociais, Ciro Gomes, do PDT, também criticou a fala de Mourão. Marina Silva, da Rede, seguiu a mesma linha de Ciro Gomes e pediu atenção dos eleitores a chapa completa, e não apenas no candidato à Presidência.
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*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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