Desembargador de SP nega pedido para afastar deputado Fernando Capez do mandato

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2018 09h01
Divulgação/Alesp Divulgação/Alesp O desembargador Sérgio Rui negou o pedido do Ministério Público para suspender o mandato do deputado paulista Fernando Capez, do PSDB

O desembargador Sérgio Rui negou o pedido do Ministério Público para suspender o mandato do deputado paulista Fernando Capez, do PSDB.

O magistrado, do Tribunal de Justiça de São Paulo, entendeu que o escândalo veio à tona há quase dois anos, em janeiro de 2016, e “somente agora pretende-se admitir que a periculosidade do acusado, que permanecia em estado latente, rendeu consequências apocalípticas”.

Ainda de acordo com Sérgio Rui, “não se aferiu (…) qualquer viés de constrangimento de testemunhas”, indo contra a denúncia do Ministério Público.

Capez foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso que ficou conhecido como a “máfia da merenda”.

Em conversa com jornalistas, na terça-feira, o governador do estado, Geraldo Alckmin, declarou que o importante é que a investigação partiu do próprio estado: “eu acho que, aberta a denúncia, caberá a ele se defender e provar. O importante a se destacar desse episódio é que foi o governo do Estado que descobriu, a Polícia do Estado, a Polícia Civil”.

O procurador-geral Gianpaolo Smanio fez a denúncia sobre o esquema de venda de produtos superfaturados de cooperativas agrícolas para fornecimento de merenda escolar.

Além do ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, outras 8 pessoas foram denunciadas na operação Alba Branca, deflagrada em janeiro de 2016.

O Ministério Público também pediu o bloqueio de mais de dois milhões de reais em bens, como reparação de danos.

O desembargador Rui decidiu enviar ao Órgão Especial do tribunal o pedido para que a decisão seja tomada pelos 25 desembargadores que compõem o colegiado.

Em nota, a assessoria do deputado informa que ele “esperava o momento correto e agora terá a oportunidade de demonstrar toda a verdade sobre os fatos”.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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