Desmatamento na Amazônia cresceu 14% em dezembro, aponta Inpe

No total, foram devastados 8.426 km²; índice de 2020 ficou abaixo apenas do recorde histórico de 2019

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2021 08h23
Picture taken on January 10, 2015. REUTERS/Bruno Kelly (BRAZIL - Tags: ENVIRONMENT SCIENCE TECHNOLOGY) Floresta Amazônica vista de cima A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de oito estados

O número de alertas de desmatamento na Amazônia é 2º pior em cinco anos, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Já o aumento para dezembro, em relação a 2019, foi de quase 14%. No total, foram devastados 8.426 km². O índice de 2020 ficou abaixo apenas do recorde histórico de 2019, com 9.178 km². Já em 2018, o número ficou em 4.951 km². Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares — tanto para áreas totalmente desmatadas quanto para aquelas em processo de degradação florestal com exploração de madeira, mineração e queimadas.

A diretora de ciências da The Nature Conservancy Brasil, Edenise Garcia, aponta o remédio para tentar minimizar o problema. “Uma delas é a fiscalização, porque a gente sabe que uma grande parte acontece em áreas da União que são invadidas e exploradas ilegalmente.” A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Em julho, a região registrou o maior índice de áreas sob alerta de desmatamento no ano: 1.658,97 km².

*Com informações do repórter Daniel Lian

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