Despachos de bagagens aumentam valor das passagens aéreas em 6%
Quem viaja de avião já chega a pagar R$ 50,00 para despachar apenas uma mala, e a quantia pode alcançar R$ 130,00 por uma peça adicional. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em junho do ano passado, o ticket médio das tarifas em voos domésticos no Brasil equivalia a R$ 333, 35, mas o montante saltou para R$ 354,02. O Procon foi contra a ideia.
Para o diretor de fiscalização do órgão, Osmário Clímaco de Vasconcelos as empresas agem como bem entendem e é necessária uma padronização. “As empresas podem cobrar, mas deveriam ter padronizado um valor de bagagem e não aconteceu. O Procon foi contra a ideia porque entendia que não haveria baixas nas passagens. Foi o que aconteceu, as passagens não baixaram, inclusive aumentaram”, criticou Vasconcelos.
O presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo, Claudio Candiota afirma que a medida fere o código do consumidor e não é transparente. “Primeiro, ninguém tinha dúvidas que a promessa não seria cumprida. Era totalmente estapafúrdia A informação era inadequada e obscura. Uma coisa é certa: não havia a mais remota possibilidade de ‘cobrando a mais’ da pessoa pagar menos”, frisou Candiota.
Além de pagar alto para embarcar um pertence no porão da aeronave, ainda há o risco de extravio.
O economista Stephan Mandelert já passou pelo dessabor de aterrizar no destino e ficar de mãos vazias, depois disso conta que mudou a rotina e agora além de poupar o bolso, evita ter seus utensílios perdidos. “Só viajo com a malinha de mão. Não tenho bagagem despachada e ficar olhando a bagagem rodando e ela nunca chegar é uma coisa que não quero mais viver”, disse.
Este é o cenário atual; resta ao usuário da aviação, pagar, pagar e pagar mais um pouco.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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