Diante de nova variante da Covid-19, OMS recomenda uso de máscara em voos de longa distância
Subvariante da Ômicron, XBB.1.5, é altamente transmissível e já é responsável por 27,6% dos casos dos Estados Unidos na última semana
Diante do aumento de casos da variante da Covid-19, a XBB.1.5, nos Estados Unidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou que países avaliem a utilização de máscaras durante voos longos. Na Europa, a cepa foi identificada em um número pequeno, mas de forma crescente. Esta é uma subvariante da Ômicron altamente transmissível e já é responsável por 27,6% dos casos dos Estados Unidos na última semana. Aqui no Brasil, a cepa circula há dois meses. Em entrevista à Jovem Pan News, o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, afirmou que é necessário monitorar a situação epidemiológica, mas que ainda não há evidências de uma nova onda no país: “É uma variante de mais transmissibilidade, mas não necessariamente toda variante que surge se traduz em uma nova onda em todos os lugares do mundo. Tivemos muito mais variantes do que ondas. No Brasil, não há nenhuma evidência, até o momento, de aumento de casos. Desde novembro já temos casos dessa variante. E, por enquanto, nós precisamos monitorar, mas não há nenhuma evidência de nova onda no caminho”.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que vai adicionar a vacina contra a Covid-19 na Carteira de Vacinação do brasileiro, que atualmente não está inclusa. Ela também informou que já estão sendo adquiridos imunizantes do Instituto Butantan e que negociações com a farmacêutica Pfizer também estão sendo realizadas para não faltar imunizantes no país. A imunização é o principal meio de evitar formas graves da doença, como lembrou o infectologista Renato Kfouri: “O que chama a atenção sempre para todas essas subvariantes da Ômicron é que indivíduos com o esquema vacinal completo, inclusive com as doses de reforço, raramente desenvolvem formas graves da doença. A vacina continua extremamente efetiva na prevenção dos desfechos mais graves, como hospitalizações e mortes”. O especialista alertou ainda sobre a importância dos cuidados básicos que as pessoas que compõem os grupos de risco devem ter.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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