Dicionário britânico elege termo “fake news” como a palavra do ano

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 02/11/2017 10h15
Thiago Felipe Festa/Freeimages Thiago Felipe Festa/Freeimages Nem é preciso explicar que o termo explodiu em notoriedade por causa do presidente americano Donald Trump, que o utiliza de forma ubíqua

Os debates sobre política andam acirrados no mundo todo e isso se reflete nas palavras utilizadas pela população nos últimos 12 meses.

Então não é de surpreender que o dicionário britânico Collins tenha eleito o termo “fake News” como palavra do ano. A expressão será incluída na próxima edição do conceituado dicionário.

Segundo os lexicógrafos do Collins, a utilização de “fake news” cresceu 365% desde 2016. Os especialistas monitoram o chamado Collin Corpus, que é um banco de dados com quatro bilhões e meio de palavras em inglês utilizadas em publicações da imprensa, em livros, na internet, rádio e televisão.

Nem é preciso explicar que o termo explodiu em notoriedade por causa do presidente americano Donald Trump, que o utiliza de forma ubíqua. Toda vez que alguma informação contra ele é divulgada na imprensa, lá está Donald Trump, normalmente no Twitter, chamando de “fake news”, ou notícia falsa, aquilo que não lhe convém.

Só que os lexicógrafos britânicos desmentem a afirmação recente do próprio chefe da Casa Branca que afirmou recentemente ser o inventor do termo “fake news”. Na verdade, ele surgiu no início do século e começou a ganhar notoriedade em 2015, segundo o dicionário Collins.

Mas é interessante ver como outros termos ligados aos debates políticos também ganharam força nos últimos tempos e refletem essa situação atual em que quase todo mundo quer debater política seja ai no Brasil, ou aqui na Inglaterra.

Tanto que outro termo, caixa de ressonância, também entrou na lista de finalistas do Collins de palavras mais usadas no último ano. Esse termo é utilizado pra descrever os espaços, sobretudo nas redes sociais, em que opiniões serão amplamente aceitas como verdade simplesmente porque elas serão lidas e ouvidas por pessoas que já têm visões semelhantes.

Numa seara menos espinhosa, a palavra “insta”, que se refere a rede social Instagram, também foi uma das mais utilizadas entre os anglófanos no último ano.

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