Ataque a refinarias muda percepção de segurança da indústria do petróleo, diz diretor da ANP

  • Por Jovem Pan
  • 17/09/2019 08h58 - Atualizado em 17/09/2019 11h08
EFE De acordo com Oddone, desde a Guerra do Golfe havia a impressão de que precisava haver um evento grande para destruir relações importantes

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou que o ataque a unidades da petroleira Saudi Aramco, na Arábia Saudita, no último sábado (14), é “equivalente ao atentado contra as torres gêmeas, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele explicou que a semelhança se dá na percepção de riscos do setor.  “Desde o fim da Guerra do Golfo havia a impressão de que precisava ter um evento de larga escala para destruir relações importantes na indústria do petróleo” diz. “Esse evento mostrou que um ataque de pequenas proporções pode causar um prejuízo enorme.”

Segundo ele, o ataque terá um efeito similar ao que o 11 de setembro causou em segurança e políticas internacionais nos EUA. “A indústria do petróleo ficará mais atenta. O risco geopolítico que estava afastado com o aumento da produção americana, volta”, afirma.

Apesar da tensão, o diretor da ANP afirma que o cenário é positivo para o Brasil. “Somos um produtor de petróleo relevante, com potencial de aumentar muito a produção. Se aumentar o interesse, aumenta também a produção, royalties, arrecadação, contratação de empregos.”

“O aumento de royalties previsto no Brasil é muito relevante. Nós tivemos, em 2018, cerca de US$ 50 bilhões de arrecadação. Esse número pode passar de R$ 300 bilhões nos próximos 10 anos”, finaliza.

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