Diretor da Petrobras é advertido por contrato sem licitação com empresa por conflito de interesses

O problema é que o executivo fechou um contrato de R$ 25 milhões, dispensando processo de licitação com uma companhia na qual a filha passava por um processo de seleção de emprego

Segundo a Comissão de Ética Pública da Presidência, o diretor de Conformidade da Petrobras, João Elek, cometeu desvio ético na contratação de uma empresa de consultoria e receberá uma sanção de advertência ética com base na lei de conflito de interesse.

O problema é que o executivo fechou um contrato de R$ 25 milhões, dispensando processo de licitação com uma companhia na qual a filha passava por um processo de seleção de emprego. Ela acabou depois sendo contratada.

O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, explicou, no entanto, que não foi constatada irregularidade por parte da Petrobras: “não está sendo considerado um ato irregular do ponto de vista administrativo, mas a conduta do diretor do ponto de vista ético”.

Mauro Menezes fez questão de deixar bem claro que não há recomendação de se demitir o diretor. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, já foi comunicado da decisão.

A Comissão de Ética enviou também recomendação à secretária de Política para Mulheres, Fátima Pelaes, para que ela não realize mais cultos evangélicos em seu gabinete durante o horário de expediente e não pressione funcionários a participar de qualquer ritual religioso, nem beneficie ou prejudique servidores que se negue a participar de tais cultos.

*Informações da repórter Luciana Verdolin