Diretor-executivo da Boeing pede demissão em meio à crise do 737 Max

  • Por Jovem Pan
  • 24/12/2019 07h12 - Atualizado em 24/12/2019 08h58
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EFE A companhia luta com a questão da segurança do modelo, abalada após o primeiro desastre -- em outubro de 2018 -- ocorrido na Indonésia

A Boeing anunciou a renúncia do CEO e diretor do conselho de administração, Dennis Muilenburg, em meio ao momento turbulento da empresa.

Ela luta para recuperar a confiança dos reguladores, clientes e passageiros depois de dois acidentes fatais envolvendo seu avião mais vendido — o 737 Max — que mataram todas as 346 pessoas a bordo das aeronaves.

O atual presidente David Calhoun se tornará também o novo CEO da fabricante a partir de 13 de janeiro e continuará sendo membro do conselho.

A companhia luta com a questão da segurança do modelo, abalada após o primeiro desastre — em outubro de 2018 — ocorrido na Indonésia num voo da companhia Lion Air e que deixou 189 mortos.

Já em março deste ano, outro avião Boeing 737 Max, dessa vez da Ethiopian Airlines, caiu na Etiópia causando as mortes dos 157 ocupantes.

Greg Smith, diretor financeiro da Boeing, vai atuar como CEO interino durante esse breve período de transição. A posição de diretor do conselho ficará com Lawrence Kellner, que já assumiu o novo cargo.

Em nota a gigante da aviação destacou que o Conselho de Administração decidiu que era necessária uma mudança de liderança a fim de restaurar a confiança na empresa, enquanto trabalha para reparar os relacionamentos com reguladores, clientes e todas as outras partes interessadas.

A empresa vem enfrentando um período bastante difícil depois das tragédias.

Diversas investigações estão em andamento para entender os motivos das quedas dos equipamentos. No início deste mês, a Boeing afirmou que vai suspender a produção do 737 Max no início do próximo ano.

A notícia foi bem recebida pelo mercado, com as ações subindo nas bolsas em mais de 3,5%. Vale ressaltar que, nos últimos três meses, as ações acumularam baixa de 13%.

Em um comunicado, o novo CEO enfatizou que acredita firmemente no futuro da Boeing e do 737 MAX e que está honrado em liderar a grande empresa e os 150.000 funcionários dedicados e que trabalham duro para criar um novo horizonte na aviação.

A Boeing produzia 42 jatos do modelo 737 MAX por mês, Atualmente, a companhia tem 400 aviões em estoque.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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