‘Nenhum setor saiu ileso dessa crise’, afirma diretor da Gocil sobre pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2020 10h03 - Atualizado em 23/04/2020 10h04
Fernando Frazão/Agência Brasil Comércio de portas fechadas no Rio de Janeiro A maior preocupação para Bruno é em encontrar formas de manter os empregos caso a pandemia se estenda

Para Bruno Jouan, diretor-executivo da Gocil, empresa fundada há quase 35 anos em Bauru, no interior de São Paulo,  a crise gerada pelo novo coronavírus afetou todos os setores. Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quinta-feira (23), ele falou sobre os impactos na companhia e sobre as ações adotadas para garantir a manutenção dos funcionários em 11 estados brasileiros em que a empresa atua.

“Acho que a crise veio e afetou todos os setores, obviamente alguns de forma mais profunda, outros menos. Mas como somos uma empresa que atua com serviços em diversos setores da economia, fomos bastante afetados como todos. Acho que não existe nenhum setor que saiu ileso ou está passando ileso nessa crise.”

Segundo Bruno, até o momento, a empresa, que trabalha com serviços de segurança e limpeza, teve diminuição de 15% na arrecadação de receitas com o encerramento de contratos. Entretanto, com as ações tomadas das medidas provisórias do governo federal, a Gocil conseguiu garantir, por enquanto, a manutenção dos 25 mil funcionários.

“A gente está alinhado com a questão da vida, nós temos que preservar a vida da melhor forma possível. É uma preocupação de todos nós a questão econômica, temos 25 mil colaboradores e temos que nos preocupar com essas famílias.”

A maior preocupação para Bruno é encontrar formas de manter os empregos caso a pandemia se estenda e com o endividamento das empresas.

“Os endividamentos das empresas no período pós-crise só têm aumentado. Existe um parcelamento da dívida do passado durante a pandemia que está sendo postergado. Então acho que a ainda não temos nenhuma ação e nenhuma medida que nos mostre viável o pagamento desses débitos que foram adquiridos ao longo da pandemia.”

Bruno Jouan acredita que, talvez, a economia e as atividades no período pré-crise não sejam retomadas da mesma forma ainda neste ano, mas as medidas de restrição devem ser adotadas junto com as ações de aberta gradual dos serviços que estão sendo apresentadas em alguns estados.

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