Diretora da ADPF em SP mostra surpresa com nomeação de diretor-geral da PF
A diretora regional de São Paulo, da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Tânia Fernanda Prado Pereira, disse ter recebido a nomeação do delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral da PF com surpresa.
Isso porque o nome de Segóvia não fazia parte de uma tríplice lista com os nomes mais votados internamente, como acontece no Ministério Público e aconteceu recentemente na substituição de Rodrigo Janot, para serem sugeridos ao Presidente Michel Temer para a nomeação do cargo.
O nome mais votado era o de Érika Marena, delegada que já trabalhou na Lava Jato: “eles foram os mais votados justamente pela forma como apresentaram as propostas deles para o futuro da PF. Já o colega que foi escolhido nós não sabemos qual a linha de pensamento, quais os planos, o que vai fazer a respeito da falta de gente, vai conseguir melhorar a Polícia Federal? Não sabemos, mas estamos abertos ao contato com ele também, com certeza”.
A delegada Tânia Fernanda Prado Pereira falou durante o Primeiro Simpósio de Combate à Corrupção, realizado nesta quinta-feira à tarde, em São Paulo, mesmo dia em que Secretário Nacional de Justiça, Astério Pereira dos Santos, pediu demissão por motivos de “foro íntimo”, na explicação dele mesmo.
O atual diretor-executivo da PF, o delegado Rogério Galloro, é quem vai ser o novo Secretário Nacional de Justiça.
Durante o encontro, em São Paulo, outro tema que também foi bastante falado foi a PEC 412, que prevê autonomia funcional e administrativa à Polícia Federal, hoje subordinada ao Ministério da Justiça.
PEC essa que inclusive três dias atrás, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, também indicada ao cargo pelo presidente Michel Temer, mesmo não sendo a primeira da tríplice lista para substituir Rodrigo Janot, disse ser contra.
*Informações do repórter Caio Rocha
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