Diretório municipal do PSDB expulsa Goldman, que reage: ‘Eles acham que têm o AI-5 na mão’
O diretório municipal do PSDB em São Paulo decidiu nesta segunda-feira (08) expulsar o ex-governador do Estado, Alberto Goldman, por conta de seu apoio à candidatura de Paulo Skaf (MDB) em vez da de João Doria (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes. Entretanto, a Executiva Nacional reagiu e disse que o diretório não possui competência para tomar tal decisão.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Goldman disse que a decisão pela expulsão é inócua e sem sentido nenhum. “Eles acham que têm o AI-5 na mão, quando o presidente tinha o poder de cassar mandato, era até publicado no Diário Oficial. Alguns desses membros do diretório acham que tem nas mãos instrumento parecido ao AI-5”, reagiu.
Goldman explicou que o pedido de expulsão pode ser feito, mas o estatuto determina um rito processual para tal. “O pedido pode ser feito, leva ao diretório, ele recebe ou não essa denúncia, diretório apresenta ao acusado qual a acusação, dá direito de defesa dentro do rito. Existe processo de expulsão, mas tem que ter rito processual. Eles não têm a mínima consciência do que está escrito”, disse.
Segundo o tucano, esta não é a primeira vez que pedem sua expulsão por conta de apoio ao adversário de Doria. Quando este disputaria a Prefeitura contra Fernando Haddad, Goldman disse ser contra a candidatura do tucano.
Alberto Goldman fez questão ainda de deixar claro que o “seu PSDB” não é “de jeito nenhum” o mesmo partido de Doria. “Fui vice do partido de quase todos os presidentes dos últimos anos. Encerrei meu mandato na presidência do partido em dezembro de 2017. Tenho história. Precisa ter muita autoridade moral para pedir minha expulsão. Mas quer fazer? Pode fazer, mas tem rito processual”, reiterou.
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