Discussão sobre aplicativos de transporte na Câmara Municipal pode estar longe do fim
A Câmara de São Paulo já chegou a aprovar a proibição total do uso de aplicativos de transporte em São Paulo. Agora os vereadores debatem restrições ao volume de motoristas, o vereador Adílson Amadeu defende 40 mil carros, mesmo volume dos táxis.
“Quem tem culpa então de trazer todos os desempregados do Brasil é a profissão dos taxistas. Todos que sentarem em um carro vão trazer renda? Não é assim.”
Em ano eleitoral, os parlamentares não deram quórum na votação do projeto. O vereador Police Neto avalia que é preciso discutir um meio de regulação sem radicalismo.
“Com regras claras de segurança, de como faz a integração dele com o transporte público coletivo. Tem muito a fazer, mas não da forma que foi apresentado pelo vereador Adílson Amadeu.”
O avanço dos aplicativos preocupa outro modal de transporte; os ônibus. O presidente da SPURBANUSS, Francisco Christovam ressalta a prevalência ao meio individual.
“A cidade vai vivenciar o caos. Não temos espaço urbano para acomodar todas essas tecnologias que são de transporte individual.”
O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Aílton Brasiliense, avalia os impactos dos aplicativos nas grandes cidades.
“A margem de sobrevivência no transporte público em qualquer cidade é muito estreita. Se você tiver uma perda significativa no número de passageiros, você pode comprometer o transporte e isso não é o que se quer.”
O sistema de aplicativos mudou a mobilidade das pessoas e na medida em que as tarifas do transporte público sobem, o passageiro faz suas contas e procura dividir corridas, em busca de conforto e rapidez.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos.
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