Disputa entra China e EUA pode resultar em nova recessão global, alerta economista
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Em mais um capítulo da queda de braço entre Estados Unidos e China, o presidente Donald Trump afirmou que seu país está no topo da guerra comercial com a nação asiática. Segundo ele, a economia chinesa não vai bem e empresas estão saindo do país.
A relação entre as duas nações foi agravada desde o norte-americano que anunciou que imporia, a partir de 1º de setembro deste ano, uma tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões de dólares em importações chinesas que ainda não foram alvo de cobranças punitivas. Trump acusa a China de manipulação cambial depois que o Banco do Povo Chinês não interveio para impedir que o dólar ultrapassasse a barreira de 7 yuans.
Apesar de todos os comunicados de Pequim rechaçando fortemente esta acusação do Departamento do Tesouro dos Estado Unidos, Trump alegou que o oponente teria admitido ser um manipulador cambial.
“Vou te contar uma coisa: a China realmente quer fazer um acordo”, disse o presidente, em um encontro com jornalistas na Casa Branca. Como em diversas outras ocasiões, o republicano fez questão de fazer comentários sobre a economia chinesa.
O economista e consultor Claudio Frischtak alerta para o risco de uma nova recessão mundial com os países em pé de guerra. “E as pessoas temem isso, que essa escalada leve a uma situação cada vez pior, o Trump insistindo que consegue vencer uma guerra comercial, e a China, por motivos históricos e políticos, não vai abrir mão, não vai ceder, e nós podemos realmente ter uma situação gravíssima na economia mundial. Podemos, sim, chegar a uma nova recessão global”, explicou.
Trump não parou por aí e ainda cobrou o Federal Reserve por mais cortes nos juros em dimensão maior e rapidamente. Ele foi duro, enfatizando que incompetência é uma coisa terrível para se assistir, especialmente quando as coisas poderiam ser adereçadas tão facilmente.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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