Disputa pelo comando da PGR movimenta procuradores em Brasília

Presidente da Associação Nacional de Procuradores da República tem articulado uma reunião com o presidente Lula depois que o chefe do Executivo disse publicamente que vai desconsiderar a lista tríplice do MPF

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2023 13h57
José Cruz/Agência Brasil - 19/05/2018 procuradoria-geral da república Edifício-sede da PGR, em Brasília

O presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, tem articulado uma reunião com o presidente Lula (PT) depois que o chefe do Executivo disse publicamente que vai desconsiderar a lista tríplice feita pelo Ministério Público Federal (MPF) quando foi escolher o próximo procurador-geral da República. A associação acredita que o presidente ainda pode ser convencido da importância da indicação dentro da lista. Nesta quinta-feira, 2, durante uma entrevista à Band News, Lula disse que não pensa mais em lista tríplice porque já está comprovado que esse modelo de escolha do procurador-geral da República nem sempre resolve os problemas. O presidente ainda disse que será mais criterioso na escolha do chefe do MPF. Logo após a entrevista, a ANPR divulgou uma nota em que afirma que defende a lista tríplice e continuará demonstrando que esse modelo permite uma maior transparência na definição do procurador-geral da República.

A associação ainda disse que vai levar ao presidente essas preocupações e que tem plena confiança de que haverá um diálogo produtivo em torno do tema. O atual procurador-geral da República é Augusto Aras, que cumpre mandato até setembro deste ano. Ainda no primeiro semestre deste ano, Lula deverá escolher ao menos 20 membros do Poder Judiciário, o que inclui duas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em maio, o ministro Ricardo Lewandowski se aposenta e, em outubro, Rosa Weber também deixará o cargo por completar 75 anos, quando é aplicada a aposentadoria compulsória. Durante a mesma entrevista à Band News, Lula confirmou que pode indicar o nome de Cristiano Zanin, advogado que cuidou de seus processos criminais, a uma das vagas.

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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