Distrito Federal completa um ano de racionamento de água
No Distrito Federal, a cada seis dias, uma região fica sem água durante pelo menos 24 horas. Essa realidade completa um ano, nessa terça-feira, dia 16 de janeiro.
Quase dois milhões de pessoas que vivem em locais abastecidos pelo reservatório do Descoberto e de Santa Maria tiveram que se adaptar ao racionamento.
Com as iniciativas para economizar, a população deixou de gastar quase 980 litros de água por segundo em 2017.
O professor Sérgio Kóide, do departamento de engenharia civil e ambiental da Universidade de Brasília, destacou que a conscientização foi positiva: “uma coisa que foi muito importante foi a conscientização da população para redução do consumo, que era, em Brasília, um dos mais altos do Brasil”.
Mesmo economizando água e diminuindo os gastos, o professor Sérgio Kóide explicou que ainda não é possível acabar com o racionamento: “esses reservatórios, para que se tenha certa tranquilidade, eles devem estar, ao final do período de chuvas, completamente cheios”.
O especialista ressaltou que também houve problemas de investimento e atrasos em obras, nos últimos 10 anos.
A Companhia de Saneamento do Distrito Federal realizou 12 obras que aumentaram a captação de água em 16,5%. Mas, as chuvas não colaboraram: Faz mais de três anos que chove abaixo da média esperada na região.
Na segunda-feira, o governo inaugurou o booster do Noroeste, um equipamento que permite o bombeamento de água captada do Lago Paranoá para tratamento no Plano Piloto.
Algumas regiões antes abastecidas pelos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto deverão ser atendidas pelo novo sistema.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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