Dívida cubana com o Brasil de US$ 538 milhões deve ser debatida durante a cúpula do G77+China
Governo de Cuba comunicou oficialmente ao Palácio do Planalto sobre a impossibilidade de pagar a dívida e espera flexibilidade para retomar o pagamento dos débitos
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura familiar, Paulo Teixeira, afirmou na sexta-feira, 15, que a dívida de US$ 538 milhões (equivalente a R$ 2,5 bilhões) que Cuba tem com o Brasil será debatida durante a cúpula do G77+China. “O credor virou as costas para o devedor há sete anos atrás, inclusive fechou a embaixada. Agora é retomar esse debate e essa renegociação. Acho que isso vai acontecer naturalmente tendo em vista que eles foram muito maltratados e agredidos nesses últimos anos”, avaliou o ministro. Cuba comunicou oficialmente ao Palácio do Planalto sobre a impossibilidade de pagar a dívida. Autoridades do país disseram esperaram uma flexibilidade por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retomar o pagamento da dívida.
Um documento interno do governo brasileiro menciona que as medidas consideradas para uma renegociação inclui a possibilidade de descontos no montante em atraso, a exploração de moedas alternativas ao dólar ou até mesmo receber o pagamento em produtos cubanos. Essas alternativas de renegociação estão em um documento obtido pelo jornal Folha de S. Paulo. A dívida é referente ao financiamento do projeto do porto de Mariel, a 40km de Havana. A maior parte dos recursos foi transferida por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
*Com informações do repórter André Anelli
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