Fundo de R$ 1 bilhão do Itaú será administrado por especialistas da saúde

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2020 10h34 - Atualizado em 15/04/2020 10h48
EFE/ Antonio Lacerda doação-coronavirus-brasil O grupo de especialistas vai trabalhar com quatro frentes de atuação focadas, sobretudo, em informar claramente à população sobre a importância do isolamento e uso de máscaras

O Itaú Unibanco foi responsável pela maior doação, até o momento, destinada ao combate do novo coronavírus. O grupo doou R$ 1 bilhão e criou a frente “Todos pela saúde” que destinará o valor para financiar ações respaldadas por especialistas como Drauzio Varella.

O presidente do Itáu Unibanco, Candido Bracher, explicou ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (15) quais as frentes de ações serão contempladas pelo grupo. Segundo Bracher, a decisão de uma doação com o valor de R$ 1 bilhão partiu de um consenso entre acionistas sobre a necessidade de fazer uma ação que ajudasse o país.

“A gente vê, nesse momento, o Brasil atravessando uma crise muito grave, uma crise de saúde, mas que atinge todas as pessoas. Achamos que era muito importante ter um gesto que não fosse apenas simbólico, mas efetivo e que ajudasse o país na pandemia.”

Para que esse valor seja aplicado em ações corretas, o Itaú formou um grupo de especialistas que irão decidir quais medidas serão adotadas para uso do valor doado. Entre os escolhidos estão os médicos Drauzio Varella, Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa, Maurício Cesquim, Eugênio Vilaça, Pedro Barbosa, Sidney Kley e o Paulo Chapchap, doutor em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo e diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês.

“Nós somos um banco, entendemos de financiamento, de negócios, mas não entendemos de saúde. Nós somos buscar pessoas capacitadas para fazer a aplicação dos R$ 1 bilhão. Encontramos o Paulo e ele montou junto conosco um time de craques.”

O grupo de especialistas vai trabalhar com quatro frentes de atuação focadas, sobretudo, em informar claramente à população sobre a importância do isolamento e uso de máscaras; em aplicações para testes e equipamentos de proteção; em ações para cuidar das pessoas diante à pandemia e para, futuramente, a retomada econômica após a crise.

Além da criação do “Todos pela saúde”, o banco também adotou medidas para proteção dos funcionários. Trabalhadores com mais de 60 anos ou que se declararam pertencentes do grupo de risco foram colocados em home office ou férias.

“Anunciamos que não haverá demissões durante a crise e adiantamos o 13º salário porque entendemos que há necessidades durante esse período, além de fornecer máscaras para 100% dos funcionários.”

Economia

Para a economia, o presidente do Itaú Unibanco afirmou que acredita que as medidas do governo para garantir a liquidez estão funcionando e ponderou que, diferente da crise de 2008, esta não é bancária ou financeira.

Segundo ele, os economistas do banco estão acompanhando as projeções do PIB para 2020 e considerando as possibilidades para a economia. Entretanto, no momento, é impossível fazer previsões já que não se sabe “quanto tempo dura a quarentena, qual a velocidade da retomada da economia e quanto de dinheiro público será investido para atenuar os efeitos da crise”.

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