Dodge liga conselheiro do TCE-RJ ao assassinato de Marielle

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2019 06h55 - Atualizado em 03/09/2019 10h50
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo A suspeita é que o conselheiro tenha utilizado um policial federal aposentado, que era funcionário do gabinete no TCE, para atrapalhar as investigações

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer apurar se há “indícios de autoria intelectual” de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O pedido de acesso à investigação foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça. Para Dodge, o conselheiro afastado do TCE e ex-deputado estadual, Domingos Inácio Brazão, pode ter usado a estrutura do cargo público para obstruir a ação da Justiça.

No parecer, a PGR ressalta que procuradores do Ministério Público Federal obtiveram indícios da participação de Brazão por meio do depoimento do miliciano Orlando da Curicica, que também acusou membros da Polícia Civil de proteger possíveis envolvidos nos assassinatos.

A suspeita é que o conselheiro tenha utilizado um policial federal aposentado, que era funcionário do gabinete no TCE, para atrapalhar as investigações plantando uma testemunha falsa.

A apuração aponta suspeitas de que Brazão também tem ligação com o grupo miliciano conhecido como Escritório do Crime.

Como Brazão tem foro privilegiado, os indícios podem fazer com que o caso seja enviado ao STJ, o que transferiria o inquérito para a competência da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República.

Domingos Inácio Brazão classificou como “absurda” a acusação de que teria indícios de autoria intelectual nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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