Donald Trump viaja a Reino Unido para influenciar escolha de novo primeiro-ministro

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2019 09h13 - Atualizado em 03/06/2019 10h42
JIM LO SCALZO - EFE Donald Trump está no Reino Unido para influenciar escolha do próximo primeiro-ministro

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump chegou nesta segunda-feira (3) em Londres para uma visita de estado marcada por assuntos polêmicos. Como manda a tradição, Trump será recebido hoje a noite em um banquete oferecido pela rainha no palácio de Buckingham.

Na terça-feira (4), ele irá se reunir com a primeira-ministra Theresa May e com grandes empresários dos dois países. Trump está tentando influenciar o processo de escolha do novo primeiro-ministro britânico e também do Brexit.

Para o chefe da Casa Branca, Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e cabeça da campanha de separação, é o nome ideal para assumir o posto. Antes de embarcar para Londres, Trump ainda chegou a declarar que o Reino Unido tem que forçar uma separação litigiosa da União Europeia.

Tudo isso porque os americanos enxergam grandes oportunidades na iminente desfiliação britânica do bloco europeu. Entre elas está a abertura de mercado para os produtores de frango dos Estados Unidos.

A Europa tem um padrão de vigilância sanitária e controle de químicos em produtos agrícolas muito mais rigoroso que o dos americanos. O frango dos Estados Unidos, por exemplo, não pode ser vendido aqui porque os americanos utilizam cloro para desinfetar as carnes de ave e eliminar bactérias.

Os Estados Unidos também estão de olho no sistema público de saúde britânico e tem interesse de entrar na área como prestador de serviços privado, o que é um assunto muito polêmico para os britânicos.

Por fim ainda há a questão tecnológica – o governo de Theresa May aceitou comprar equipamentos da chinesa Huawei para instalação da rede 5G, apesar de toda a pressão exercida pelos americanos.

Os Estados Unidos estão muito atrás da China no desenvolvimento desta tecnologia e pressionam seus aliados a não fecharem acordos com o grupo de Shenzen. Tanto que os principais candidatos a sucessão de Theresa May já falam em romper o acordo do 5G tentando angariar apoio com os americanos.

*Com informações do repórter Ulisses Neto

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