Dono de gráfica é alvo da 1ª denúncia da Lava Jato no Paraná em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2020 08h13 - Atualizado em 17/01/2020 09h24
Fernando Frazão/Agência Brasil Mudança nos valores dos combustíveis está atrelada a variação do petróleo no mercado internacional e a oscilação do dólar Dono de gráfica lavava dinheiro em contratos com a Petrobras

Dono de gráfica envolvido em lavagem na Petrobras é alvo da 1ª denúncia da Lava Jato no Paraná em 2020.

A força-tarefa da operação Lava Jato denunciou o administrador da Editora Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, por lavagem de dinheiro em contratos envolvendo a Petrobras. Ele é acusado de repasses de R$ 2,4 mi em contratos falsos, firmados a pedido de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o dinheiro foi repassado entre os anos de 2010 e 2013, em contratações falsas de prestação de serviços firmadas com o Grupo Setal/SOG Óleo e Gás.

As investigações apontaram, de acordo com o MPF, que a gráfica nunca prestou os serviços contratados, e que Salvador contou com ajuda de Vaccari, do ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque e do executivo do Grupo Setal/SOG Óleo e Gás, Augusto Ribeiro de Mendonça, para emitir notas frias e justificar o pagamento dos serviços contratados mas não prestados.

As entregas teriam sido feitas a Duque e ao PT, que o mantinha na posição de diretor de Serviços da Petrobras, a pedido de Vaccari.

Na denúncia, os procuradores afirmam que o executivo do Grupo Setal/SOG Óleo e Gás prometeu pagamentos de propina a Duque e Vaccari, por contratos em obras nos terminais de Cabiúnas 2 e 3, e nas Refinarias Presidente Getúlio Vargas, Paulínia e Henrique Lage, da Petrobras.

No esquema, segundo a força-tarefa, o Grupo Setal/SOG Óleo e Gás e outras empresas de consórcios com contratos com a Petrobras repassaram pelo menos R$ 66 mi em pagamentos de propina, em ações de lavagem de dinheiro. Os R$ 2,4 milhões indicados na denúncia foram parte do montante.

A defesa de Vaccari informou que as afirmações contra ele tratam-se de manifestação totalmente inverídica sob todos os aspectos e que ele jamais teve qualquer ingerência na Diretoria ou participação de qualquer natureza na Petrobras.

* Com informações do repórter Daniel Lian. 

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