Doria alfineta “herança” de Haddad e fala em “orçamento cuidadoso” para 2018
Completando um ano de mandato, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um balanço do ano de 2017.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o tucano alfinetou o que foi deixado para sua gestão e disse que a questão do asfalto foi a que mais a Prefeitura ficou “devendo”, entretanto, creditou o problema a seu antecessor: “recebemos a cidade com mais de 650 mil buracos, pequenos, médios, grandes, ondulações. É, a herança do PT foi cheia de buracos e isso foi muito difícil, primeiro por falta de recursos, depois várias intervenções pelo Tribunal de Contas do Município para liberação da compra de massa asfáltica com o fundo de multas. Final de outubro começamos um programa mais intenso de tapa buracos e Asfalto Novo. Asfalto foi o problema mais grave”.
Somado ao problema dos asfaltos da cidade, Doria lamentou ainda a questão semafórica e disse que no primeiro semestre deste ano será aberta a primeira licitação para substituição do sistema semafórico por um mais moderno e menos vulnerável a roubos e chuva.
Ao ser questionado sobre o Orçamento deixado para o início de sua gestão, Doria ainda falou em tom de brincadeira: “em relação a 2017 estou procurando [dinheiro] até agora, se souber onde está me avisa”.
“São Paulo recebeu orçamento aprovado em 2016 para 2017 e o orçamento foi entregue com déficit de R$ 7,5 bilhões. Não digo que meu antecessor Fernando Haddad tenha feito isso de forma proposital, mas de forma inabilitada. Faltou mais responsabilidade na área fazendária da gestão Haddad para entregar orçamento cumprível. Entregar orçamento de R$ 55 bilhões dos quais 15% não existem, consequentemente todos os investimentos indicados no orçamento da cidade em 2017 não foram feitos, não tinha dinheiro. Um orçamento fictício. Mas em 2018 fizemos orçamento cuidadoso. Não teremos sobra e nem dinheiro em abundância, mas o que está previsto será cumprível”, garantiu.
Doria ainda relatou que encontrou mais burocracias na Prefeitura do que imaginava, e justificou, assim, seu investimento em parcerias com o setor privado.
“Conseguimos R$ 780 milhões de investimento privados em diferentes áreas e setores para fazer a máquina publica andar na área da saúde, educação, zeladoria, habitação popular, segurança, tecnologia para escolas, computadores, remédios, alimentos, uniformes, colchoes, camas, cobertores, infinidade de colaboração”, disse.
Menos reclamações
O prefeito foi categórico: “mais trabalho e menos reclamação”. Para ele, se há falhas, é preciso propor soluções imediatamente. “Situação de reclamar sem trabalhar e justificar pouco trabalho pela falta de dinheiro, na nossa gestão não vai ter. Quem fizer esse tipo de opção vai pra rua. Não queremos pessoas choramingando, queremos pessoas trabalhando”.
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