Doria: Aviação deve deixar o Campo de Marte, com exceção da Brigada Águia da PM
Se o plano da Prefeitura de São Paulo para o Campo de Marte virar realidade, quase todo o aeroporto vai virar parque e só os helicópteros Águia da PM devem decolar por lá. Nesta segunda-feira (07), o prefeito João Doria e o presidente Michel Temer assinaram os primeiros documentos nesse sentido.
Em um primeiro momento a administração municipal passará a administrar 20% dos dois milhões de metros quadrados da área. Nessa parte do terreno será erguido um parque e um museu aeroespacial, e é isso que foi anunciado no encontro entre Doria e Temer.
Só que a Prefeitura planeja, com o tempo, ainda sem data definida, assimilar outras áreas do aeroporto, ampliando a área desse parque e diminuindo a movimentação da aviação geral.
Na verdade, o prefeito disse que os voos que operam no Campo de Marte devem ser reacomodados em outros lugares e só o grupamento aéreo da PM deve continuar na Zona Norte. “Não há nenhum problema para acomodação da aviação geral e da aviação de helicópteros. Apenas a Brigada Águia da PM que quero deixar claro que permanecerá onde está”, disse.
A medida anunciada nesta segunda-feira tenta encerrar uma disputa judicial envolvendo a cidade e a União e a cidade que se arrasta há décadas.
O Campo de Marte foi incorporado pela União depois da derrota paulista no confronto da revolução de 1932.
Do fim do governo Vargas até hoje, a prefeitura tenta reaver a área e o processo hoje tramita no Supremo Tribunal Federal.
A expectativa é que, com os acordos entre o município e a União, as partes entrem em acordo para a extinção da ação, mas o processo ainda continua em andamento.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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