Doria chama governador de SP de “Márcio Cuba” e o acusa de aliciar prefeitos e fazer política 24h

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2018 09h34 - Atualizado em 12/04/2018 09h35
Thiago Navarro/Jovem Pan Chamando o governador algumas vezes de “Márcio Cuba” - e ironizando que foi um “pequeno lapso” -, Doria fez questão de deixar clara a tendência à esquerda do pessebista

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria não poupou críticas ao atual governador do Estado, Márcio França (PSB), sobre sua gestão, salários e até mesmo no embate na eleição deste ano, que ele concorre à reeleição.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-prefeito de São Paulo já iniciou sua fala com imagens comprovando a aproximação de França com “esquerdistas”. Apresentando imagens impressas do governador com alguns nomes como Aldo Rebelo, Orlando Silva, além de uma espécie de “carta” do presidente do PSB a favor do ex-presidente Lula. “O mesmo partido que você nega, Márcio França, recebendo apoio do PC do B, que você diz que não tem nada com o seu partido. O seu partido manifesta apoio a Lula”, disse.

Chamando o governador algumas vezes de “Márcio Cuba” – e ironizando que foi um “pequeno lapso” -, Doria fez questão de deixar clara a tendência à esquerda do pessebista e o acusou de não ter feito nada além de política partidária. “Ele não fez nada, fez política o tempo inteiro e continua a fazer isso agora como governador, usando dinheiro público para política partidária. Utiliza helicóptero, estrutura do governo, segurança, tudo com dinheiro público, ele faz política o dia inteiro”.

Sem poupar críticas ao sucessor de seu “mentor”, Geraldo Alckmin, o tucano disse ainda que o governador do Estado alicia prefeitos e vereadores. Ao falar sobre o que pretende fazer para conseguir apoio dos municípios, Doria disse que não quer “fazer aliciamento de prefeitos”, ao que completou: “mas Márcio França faz isso 24 horas por dia”.

“Aliciamento é proibido por lei e eu também não fico dizendo que vou pagar emendas de 20 milhões, 30 milhões. Quero sensibilizar prefeitos e vereadores pela causa, para erar empregos, renda. Não vou fazer aliciamento oferecendo dinheiro e cargos como faz Márcio França vergonhosamente à frente do governo de São Paulo”, disparou Doria.

O tucano continuou: “ele deveria fazer reunião de secretariado, só faz reunião política o dia inteiro. Eu denuncio isso aqui e tenho certeza que desembargadores e juízes, membros do Tribunal Regional Eleitoral vão ficar de olho sim. Isso é uma vergonha, utilizar dinheiro público para fazer política 24 horas por dia”.

Na disparada de acusações contra o atual governador paulista, Doria lembrou que ele possui três salários totalizando R$ 33 mil e comparou à sua decisão de doar seus rendimentos à frente da Prefeitura: “que belo exemplo de probidade e decência. Você acumulou três salários e eu doei todos”.

Durante toda a entrevista Doria ainda destacou que não possui ações na Justiça, ao contrário de seu oponente na corrida pelo palácio dos Bandeirantes: “Márcio Cuba, ou melhor, Márcio França, eu não tenho ações na Justiça, não tenho Lava Jato, não tenho relação com Odebrecht, nem com portos e aeroportos”.

Prioridades de campanha

Sem detalhar muito sobre as prioridades de seu discurso de campanha, Doria disse que dará continuidade a trabalhos do ex-governador Alckmin e intensificará outras. “Estado bom é Estado menor, e Estado menor é Estado menos corrupto”, disse.

Como ficou aparente durante toda a entrevista, Doria questionou o que França faria: “pergunta pro Márcio França se o PSB apoia programa de privatização, se ele é favorável a desestatização. Vamos continuar investindo em educação fortemente, em educação digital, e Corujão da Saúde para municípios”.

Confira a entrevista completa com o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria:

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