Doria critica ‘líder que não aceita contraditório’ durante evento em MG

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2020 07h03 - Atualizado em 03/03/2020 09h19
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PAULO GUERETA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO João Doria, governador de São Paulo Para o governador as discordâncias fazem parte da democracia: 'Não há país democrático do mundo que viva em concordância plena'

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta segunda-feira (2), durante evento em Minas Gerais, líderes que não aceitam o contraditório e defendeu a liberdade de imprensa. Embora não tenha feito citação direta, o posicionamento foi recebido como uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro.

Para o governador, as discordâncias fazem parte da democracia. “Não há país democrático do mundo que viva em concordância plena. Aceite o contraditório, dialogue, e nunca viu um grande líder ser desrespeitado por ouvir uma crítica ou debater uma crítica, e em São Paulo não há censura de nenhuma espécie”, afirmou.

O governador paulista lembrou que há mecanismos de Justiça para os que se sentem ofendidos ou alvo de mentiras na imprensa, defendendo a liberdade de veículos de comunicação e criticando ataques aos jornalistas.

Doria garante que conta com o presidente Jair Bolsonaro no fórum com os 27 governadores, marcado para o dia 14 de março, em Brasília.

“Eu espero que ele aceite o convite e possa estar lá com os 27 governadores debatendo temas importantes, a questão da reforma tributária, a segurança pública, a reforma administrativa e o pacto federativo também. São quatro temas que serão colocados ali em um debate republicado”, afirmou o governador que diz ainda ter certeza que Bolsonaro será bem recebido pelos governadores que buscam o diálogo.

Ao ser questionado sobre suas pretensões em relação às eleições de 2022, o governador desconversou e defendeu que não é o momento de tratar do assunto, já que seu foco é totalmente dirigido à gestão de São Paulo.

Sobre Minas Gerais, João Doria classificou como inviável e inoportuna a decisão do governador Romeu Zema de propor reajuste de 41% para a segurança pública e avalia que a decisão deva ser revista.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos.

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