Doria critica ‘uso político’ do BNDES em divulgação de lista; MPF quer investigação
O Ministério Público Federal (MPF) quer investigar as operações de compra de jatos com juros subsidiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado, solicitou ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Mucio Monteiro, uma análise sobre improbidade administrativa.
O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), presente na lista de aviões financiados pelo banco, disse que a prática é legal e não acontece apenas no Brasil. “Não cabe a um banco revelar a quem disponibiliza os seus financiamentos. O uso político do BNDES é tão condenável, hoje, como foi condenado no governo do PT. Eu adquiri uma aeronave, eu e outros 135 compradores, pessoas jurídicas, dentro daquilo que a disponibilidade do banco colocou como fonte de financiamento normal. Aliás, isso não acontece só no Brasil”, disse.
Ele classificou, ainda, a divulgação desses dados como “de uso político”. “Não foi uma boa medida correta, do ponto de vista do BNDES, a utilização política e ainda classificando isso como caixa preta. Não há caixa preta alguma nisso, isso é um fato normal dentro do procedimento de uma instituição e um banco de financiamento que já faz isso há muitos anos e dentro, absolutamente, das regras.”
Doria afirmou que considera “apelativo” o fato de seu nome e o do apresentador Luciano Huck terem recebido destaque na publicação da lista.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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