Doria reforça que feriado ‘não é momento de lazer’ e fala em pico: Hora das pessoas ficarem em casa

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2020 08h25 - Atualizado em 20/05/2020 08h35
Bruno Escolástico/Estadão Conteúdo João Doria O governador ressaltou que o Estado está evitando a decretação do bloqueio total por ser considerada uma medida extrema

O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou que a operação dos bancos e da Bolsa de Valores durante o feriado prolongado não deve prejudicar o aumento do índice de isolamento que é esperado pela paralisação.

A cidade de São Paulo e 37 municípios da Região Metropolitana adiantaram os feriados de Corpus Christi e Consciência Negra para esta semana. Se a Alesp aprovar na manhã da quinta-feira (20), o dia 25 também deve parar pela antecipação do 9 de julho.

“Esse feriado não é para passear, festejar. Não é lazer. As pessoas devem sair, evitar contato, fazer viagens. Quanto mais as pessoas se expuserem, maior o risco de infecção. E quanto maior a infecção, maior o risco de óbito. É hora das pessoas ficarem em casa.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Doria disse que a situação da covid-19 no Estado está “sob controle, mas crescendo”. “É a pior fase do coronavírus. Até dia 31 de maio será a fase mais difícil, dura e trágica. Isso em nível não apenas de São Paulo, mas Brasil. O número de mortes tende a crescer.”

De acordo com João Doria, os serviços essenciais como farmácias e mercados devem funcionar normalmente. As outras atividades, como casas de construção e pet shop, foram orientadas a não abrirem às portas.

Já os bancos, com exceção da Caixa, vão funcionar com horário reduzido: das 10h às 14h. As agências da CEF funcionarão normalmente por conta do pagamento do auxílio emergencial.

Bloqueio total

João Doria ressaltou que o Estado está evitando a decretação do bloqueio total, também chamado de lockdown, por ser considerada uma circunstância extrema. “Estamos fazendo esse feriado para evitar isso.”

Nas últimas semanas, foram dados como pré-requisitos pelo próprio governo, para adoção de medidas mais rígidas, a taxa de isolamento abaixo de 55%, o índice de ocupação dos leitos de UTI acima de 90% e taxa de transmissão acima de um — ou seja, quando cada infectado transmite o vírus para pelo menos uma outra pessoa.

Na segunda-feira (18), a taxa de isolamento do Estado ficou em 49% e na capital paulista em 50%. Quanto aos leitos de UTI, a ocupação é de 88% na grande São Paulo.

“Temos 479 cidades, de 645, que já tiveram casos do novo coronavírus. Ou seja, 74% do estado já sofreu as consequências da covid-19”, disse o governador.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.