Doria promete piso de R$ 4 mil e plano de carreira para professores
O Governo do Estado de São Paulo pretende elevar o piso salarial dos professores em 54%. Com isso, o valor mínimo para pagamento da categoria vai para R$ 4 mil até 2022.
O projeto de reestruturação, que será enviado à Assembleia Legislativa, oferece, a partir de 2020, o salário inicial de R$ 3,5 mil – aumento de 35% sobre o valor atual de R$ 2,5 mil. O valor vale aos trabalhadores que lecionam no regime de 40 horas semanais.
Porém, o governador João Doria descarta um plano focado no reajuste salarial. “Se quisermos ter boa educação, precisamos investir nos professores. Respeita-los, compreende-los, melhorar suas condições de trabalho, melhorar a sua formação e respeitá-lo nas suas posições e naquilo que eles representam para mudar o status de uma geração.”
Doria foi cobrado sobre a queda do piso paulista, que chegou a ser 60% superior ao nacional mas nos últimos dez anos anos está 1% acima, e o reflexo justamente nos resultados das avaliações dos alunos.
“Isso influi sim, mas não é único fator. Nós queremos que São Paulo volte a liderar o Ideb. A missão dada aos secretários é para que tenhamos o Estado voltando a liderar o Ideb em 2021.”
O Secretário da Educação, Rossieli Soares, ressalta que a adesão não é obrigatória – quem preferir permanecer no atual modelo terá os direitos garantidos.
“Eu acho que é fundamental e a sociedade vai entender, o próprio professor vai entender. Valorizar o professor em todas as suas dimensões é fundamental. Ter uma carreira que traga formação, que tenha meritocracia de fato. Que sirva para dar suporte e apoio ao professor, é fundamental.”
O investimento previsto na reestruturação está na casa de R$ 4 bilhões até 2022.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.