Doria rebate Bolsonaro e promete lutar por permanência da F1 em SP
O governador de São Paulo, João Doria, ao lado do CEO da Fórmula 1, Chase Carey, afirmou nesta terça-feira (25) que nenhuma decisão com relação do Grande Prêmio no Brasil está tomada e disse que lamenta frustrar o presidente Jair Bolsonaro.
Doria ainda destacou que seu posicionamento não significa um desrespeito ao Rio de Janeiro ou a Bolsonaro. Ele concedeu entrevista coletiva após reunião com Carey e afirmou que está cumprindo sua obrigação como governador de defender os interesses dos “brasileiros de São Paulo”.
“Quem deve defender o Brasil é o presidente Bolsonaro. A mim cabe a defesa de São Paulo no contexto do Brasil. Eu não sou presidente. Eu lamento frustrar o Bolsonaro do ponto de vista da interpretação de que 99.5% da decisão está tomada. A decisão não está tomada”.
O governador de São Paulo também afirmou que a decisão pelo local de realização do evento deve ser tomada de forma racional, mas demonstrou convicção de que a Fórmula 1 vai permanecer em São Paulo.
“Não é uma decisão política, nem uma decisão emocional e muito menos institucional. É uma decisão de negócios. Do ponto de vista de São Paulo nós já montamos um grupo de trabalho do Governo do Estado e da Prefeitura, que nas próximas semanas estará reunido com os representantes da Fórmula 1 em São Paulo”.
Doria ainda negou que sua amizade com Jair Bolsonaro esteja abalada.
O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, afirmou que permanece engajado em conversas tanto com Rio de Janeiro como com São Paulo e ainda não tem uma resposta. Carey, no entanto, garantiu que o GP de Fórmula 1 permanecerá no Brasil após 2021.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, se disse convicto da permanência da competição em São Paulo e lembrou que o processo de concessão do autódromo de Interlagos já está em fase de audiências públicas.
“Esperamos no início de dezembro lançar o edital de concessão de Interlagos para poder ter um contrato assinado até março de 2019”.
Ao final da coletiva, em tom de ironia, o governador João Doria desafiou os jornalistas a conhecer o local onde seria construído o autódromo de Deodoro. Mencionando a estrutura precária do espaço, disse que lá “não tem estrada” e só é possível “chegar a cavalo”.
*Com informações da repórter Victoria Abel
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