“É possível buscar”, diz Perondi sobre contagem de votos para aprovar reforma da Previdência
A 15 dias da Câmara dos Deputados voltar ao trabalho, as atenções estão voltadas às negociações em torno da reforma da Previdência. No fim de semana, em entrevista à Jovem Pan, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) disse que é possível que a reforma fique para 2019, caso o Governo não consiga o apoio necessário para sua aprovação.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) disse ser mais otimista que Mansur e que a diferença, atualmente, é de 25 a 30 votos: “sou mais otimista que meu querido amigo e lutador, brigador, Beto Mansur. Temos diferença de 25 a 30 votos, é possível buscar”.
Segundo o emedebista, a campanha do Governo está mais clara e definida e deve aumentar nos próximos dias. Para ele, 2019 é um ano ruim e o buraco fiscal até lá seria enorme. “Tem argumento para o mês que vem [na data da votação para dia 19 de fevereiro]. Deputados têm que ter consciência. Ou enfrentam ou não enfrentam”, disse.
Perondi disse ainda que o País vive um “semiparlamentarismo” e que o Governo conversou e decidiu muito com o Parlamento, que votou importantes temas no ano que passou: “Parlamento votou bastante. PEC dos gastos, que ninguém imaginava. Teto dos gastos, reforma trabalhista, reforma da previdência parcial. Parlamento ajudou, esta [reforma da Previdência] é mais difícil. Não é Governo do PT, aliás seu comandante vai ser processado e condenado na semana que vem”.
O deputado do MDB disse ainda que não tem medo de votar pela reforma da Previdência por conta de ameaças a uma tentativa de reeleição, e aproveitou para dizer que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é parceiro da reforma e “vai ser grande protagonista ao voltar dos Estados Unidos”. “Ele é grande parceiro, ajudou muito em todas as reformas. DEM é partido que vai dar quase 100%”, finalizou.
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