Efeitos políticos da greve dos caminhoneiros podem se estender até a eleição
A queda de Pedro Parente do comando da Petrobras foi mais um capítulo da crise envolvendo o preço dos combustíveis. Os pré-candidatos à presidência da República devem tratar do assunto durante a campanha.
De acordo com o cientista político Valdir Pucci, o governo sai muito enfraquecido da paralisação. “O governo Temer demonstrou ter pouca capacidade de negociação, demonstrou não ter uma visão quanto em relação ao Congresso e à própria sociedade.. Demonstrou também não ter qualquer condições de levar adiante qualquer reforma política no País”, disse.
Pucci acrescenta que cabe agora à administração Temer fazer a transição para o novo governo, garantindo uma eleição tranquila para o país.
Mas o cientista político Rafael Cortez chama a atenção para a crise de autoridade: “Essa crise deve afetar o tipo de discussão que o País vai enfrentar em ano eleitoral. Dificulta a construção de um ambiente reformista para que o País possa tomar uma trajetória positiva de desenvolvimento econômico. Logicamente, que afeta o contexto da eleição presidencial”, afirmou.
Já o cientista político Rafael Cortez acrescenta que o desafio é reconstruir a legitimidade do sistema político nacional.
Nesse cenário, o especialista em políticas públicas pela UnB – Emerson Masullo – avalia que a greve só dificulta a missão do novo presidente. “Tem que ser alguém que traga não só novas ideias, mas que traga uma equipe de técnicos que entendam dos setores da economia”, alertou.
O especialista em políticas públicas Emerson Masullo lembra ainda que questões básicas da economia, como o desemprego, não foram resolvidas. Os especialistas temem uma grande abstenção nas eleições de outubro.
*Com informações de Thiago Uberreich
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