“Ele não é meu problema, é minha solução”, diz Márcio França sobre disputa contra Doria
O governador de São Paulo, Márcio França, afirmou nesta terça-feira (10), em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, que o ex-prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), não é considerado um obstáculo em seu caminho na tentativa de reeleição, em outubro, por conta de sua “promessa não cumprida” de manter-se no cargo até o fim do mandato.
“Ele não é meu problema, é minha solução. Como ele não cumpriu sua palavra, vai escutar isso a vida inteira”, disse o pessebista ao completar que Doria pode até mesmo ser candidato do PSDB à Presidência caso Alckmin não tenha aprovação em pesquisas. “Quem não tem palavra pode ser isso”.
Otimista de que sairá na frente assim que a população tomar conhecimento de sua pessoa, Márcio França acredita em polarização na disputa pelo governo estadual. “Eu penso que a eleição em São Paulo se polariza naturalmente entre eu e Doria. Ele é midiático, bom, competente. Acho que Paulo Skaf está meio isolado, ele é forte, mas acho que a eleição polariza entre eu e Doria. Se o sujeito não gosta de um, ele procura alternativa no outro”, disse.
Sobre o apoio do seu antecessor, Geraldo Alckmin, França minimizou as notícias recentes de que o pré-candidato à Presidência vá fazer campanha por Doria. “A urna é secreta na hora do cara digitar. O cara vai votar com o coração. Ele sabe quem é leal a ele e quem não é. Alckmin não se mete com eleição e se envolveu com Doria, botou Doria lá. Ele ajudou”, disse ao repetir que o candidato do coração do ex-governador é ele e que o ex-prefeito descumpriu com a promessa feita de que não concorreria a um cargo antes do fim do mandato.
Ainda sobre apoios de tucanos à sua candidatura, Márcio França não cravou, mas disse que nomes como o do ministro Aloysio Nunes seriam mais naturais para o apoiarem. “Seria mais natural, porque para prefeito não apoiaram Doria, mas Andrea Matarazzo. Acho difícil voltarem atrás para apoiar Doria”.
O governador admitiu que alguns secretários sairão do governo do Estado, já que “pediram para sair” para apoiar o ex-prefeito em uma pré-campanha ao Palácio dos Bandeirantes. “Está faltando gente para apoiar o Doria. Só Kassab, Kassab, Kassab. E no PSDB muitos não querem fazer campanha para Doria, mas para mim”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.