Eleições, Copa e dificuldades do Governo Temer travam privatizações em 2018
Dificuldades enfrentadas pelo Governo de Michel Temer e discussões eleitorais travaram as privatizações previstas para 2018. Somente a desestatização da Eletrobras, que encabeçava o pacote com 75 projetos, segue em ritmo lento no Congresso Nacional, a quatro meses das eleições.
Além do pleito, as festas regionais e a Copa do Mundo reduzem a expectativa de que o Governo Temer conseguirá concluir os objetivos.
Em meio à inércia, o mercado discute a possibilidade de privatização, no longo prazo, de outras empresas importantes do Brasil. O professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, Márcio Holland, apontou o grande número de bancos estatais: “você tem sobreposições de atividades nesses vários bancos do Brasil. Portanto tem perda de eficiência econômica. Não vejo sentido o Brasil ter mais de um banco público de desenvolvimento econômico”.
Como exemplo, Márcio Holland citou o volume de bancos federais, estaduais e órgãos que oferecem créditos.
Já a ex-presidente do Conselho de Administração da Eletrobras, Elena Landau, vai além, e defendeu a privatização da Petrobras: “ela exerce uma atividade econômica normal que pode ser exercida por qualquer agente privado”.
Elena Landau ponderou, porém, que a discussão de desestatização da Petrobras deve ser feita com calma no que diz respeito à competição no refino e à separação dos setores.
Dos pré-candidatos à Presidência que aparecem nas primeiras posições das pesquisas de opinião, Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), e Geraldo Alckmin (PSDB), rejeitam a possibilidade de privatizar a Petrobras.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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