Eleições na Argentina: Com prévias decisivas, sistema eleitoral tem particularidades

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2019 07h17 - Atualizado em 24/10/2019 11h05
EFE A votação para presidente da República da Argentina ocorre em dois turnos, assim como no Brasil

O sistema eleitoral argentino tem algumas diferenças em relação ao brasileiro. A começar pelas eleições primárias, que são importantes para decidir quais candidatos vão para o primeiro turno.

Elas são obrigatórias para pessoas entre 18 e 70 anos de idade e facultativas para quem tem 16 e 17 anos.

Para avançar para o primeiro turno, as chapas para o Legislativo e o Executivo precisam obter mais do que 1,5% dos votos. Chamadas de Peso, as primárias são realizadas sempre no segundo domingo de agosto.

O professor de relações internacionais da Faap, Carlos Poggio, explica por que essas primárias são diferentes das de outros países.

“Na Argentina essas eleições são chamadas de abertas, simultâneas e obrigatórias. Temos uma data especifica que os eleitores argentinos foram votar para selecionar os candidatos de cada partido.”

Outra diferença é que os deputados e senadores são escolhidos por meio de uma lista fechada, ao contrário do Brasil – que adota a lista aberta. Isso significa que os partidos decidem antes das eleições a ordem em que os candidatos aparecerão na lista.

O eleitor, nesse caso, não pode expressar preferência por um determinado candidato. As cadeiras que cada partido receber serão ocupadas pelos primeiros nomes da lista.

Nestas eleições, serão renovados 8 dos 24 distritos eleitorais que compõem o Senado. Cada um deles possui três senadores. A sigla mais bem votada em cada distrito tem direito a dois senadores; e a segunda, a um.

Além disso, os eleitores devem escolher 130 dos 257 deputados da Câmara. Neste caso, as vagas são distribuídas de maneira proporcional de acordo com os votos recebidos pela legenda.

A votação para presidente da República da Argentina ocorre em dois turnos, assim como no Brasil. O eleitor vota na chapa formada por um titular e um candidato a vice.

A diferença é que, para vencer no primeiro turno, é preciso ter 45% dos votos. Outra possibilidade é conquistar 40% e ter uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.

O professor de relações internacionais da Faap, Carlos Poggio, explica o porquê deste sistema. “A questão pela qual os argentinos fizeram isso é para lidar com a questão do curso no sistema de dois turnos.”

O primeiro turno das eleições gerais na Argentina estão marcadas para acontecer no próximo domingo (27). Se houver um segundo, ele ocorrerá em 24 de novembro.

Os principais candidatos à presidência são Mauricio Macri, que tenta a reeleição, e Alberto Fernández, que compõe a chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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