Em ato unificado de 1º de Maio, centrais sindicais aprovam greve geral para dia 14 de junho

Pela primeira vez, a Força Sindical e a CUT atuaram juntas no tradicional ato de 1º de maio

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 06h47 - Atualizado em 02/05/2019 10h19
Hrodrick Oliveira/Estadão Conteúdo No entanto, a convocação da greve geral para junho não é consensual entre as centrais sindicais

As centrais sindicais convocaram greve geral para o dia 14 de junho contra a reforma da Previdência. O anúncio foi feito na celebração do Dia do Trabalho, no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista.

Pela primeira vez, a Força Sindical e a CUT atuaram juntas no tradicional ato de 1º de maio.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, avaliou ser muito importante a união das centrais sindicais na luta contra as mudanças na aposentadoria: “fazer um 1º de maio unificado, chamar uma greve geral, é u processo de organização bastante grande”.

No entanto, a convocação da greve geral para junho não é consensual entre as centrais sindicais. O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, afirmou não concordar com a paralisação: “pela ótica da UGT só devemos inciar processo de greve quando os diálogos forem exauridos. Antes de termos este instrumento constitucional, que é a greve, devemos fazer o máximo para dialogar”.

No palco montado no Vale do Anhangabaú, discursaram representantes das centrais sindicais e políticos. Inclusive, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O petista, que disputou e perdeu a última eleição presidencial para Jair Bolsonaro, criticou a atual gestão e afirmou que o Brasil sofre com um “desgoverno”.

A celebração do Dia do Trabalho começou às 10 horas e teve shows de vários artistas, como Leci Brandão, Roberta Miranda e Ludmilla. De acordo com os organizadores do evento, cerca de 50 mil pessoas passaram pelo ato ao longo do dia.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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