Em busca de apoio, Aras participa de reunião de líderes no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2019 06h36 - Atualizado em 11/09/2019 08h56
Agência Senado Reunião durou cerca de duas horas e meia

O subprocurador Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o cargo de Procurador-Geral da República (PGR), participou da reunião de líderes do Senado Federal nesta terça-feira (10). Ele permaneceu conversando com os parlamentares por pelo menos duas horas e meia.

Ao sair da reunião, agradeceu o apoio dos senadores, mas disse que não responderia perguntas antes da sabatina. “As conversas tem sido muito proveitosas mas, nesse momento, eu estou com as minhas ideias, as minhas posições, sendo observadas e decididas e apreciadas pelo Senado Federal. Aqui, eu me encontro à espera da sabatina”, declarou.

Antes de ter a indicação aprovada por pelo menos 41 senadores no plenário, Aras precisará ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Lá, como mostra o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ele será bastante questionado. “Eu espero que o Senado esteja à altura da nação. Não cabe outra atitude para o Senado que não seja a sua rejeição.”

A estratégia de se reunir com os parlamentares antes da sabatina já é tradicional. Os últimos indicados a cadeiras no Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo a atual PGR, Raquel Dodge, fizeram a peregrinação entre os gabinetes, mas não há registro de uma autoridade, nessa situação, que tenha participado da reunião de líderes – normalmente, são conversas rápidas e reservadas onde o candidato se apresenta formalmente.

De qualquer maneira, os senadores concordam com a estratégia adotada por Aras, que teve a indicação criticada e defendida por grupos de procuradores, como mostra o senador Roberto Rocha (PSDB-MA). “É natural e é comum, aqui no Senado, os procuradores, ministros dos tribunais superiores que são sabatinados, irem a cada um dos gabinetes. Isso é uma prática absolutamente normal, e ele está tendo uma prática, se é inovadora, merece aplausos. Ou seja, conversar com o conjunto dos senadores numa mesma reunião”, elogiou.

Vale lembrar que, entre outras atribuições, compete ao PGR decidir se apresenta denúncia contra autoridades com foro privilegiado, ou seja, ele será o responsável por decidir se abrirá investigações contra deputados e senadores que, eventualmente, estejam envolvidos em esquemas de corrupção.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

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